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Resumo, O que é ?

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O resumo é um dos trabalhos acadêmicos freqüentemente solicitado pelos professores. Às vezes, é confundido com o esquema. É preciso ter clareza a respeito disso. É intenção explicitar aspectos concernentes a esse tema.

Entende-se por resumo a condensação de um texto, apresentando suas idéias de maneira abreviada. Uma das finalidades é de fornecer elementos, para que o leitor decida, ou não, consultar o texto original.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1990), há três modalidades de resumo: indicativo, informativo, crítico ou recensão.

O resumo indicativo indica as principais idéias em torno das quais o texto foi elaborado (adequado à literatura de prospectos, como catálogos de editoras, de bibliotecas). O resumo informativo apresenta todas as informações, de forma sintética, dais quais o autor lançou mão para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: o assunto, o problema e/ou o objetivo, a metodologia, as idéias principais em forma sintética, as conclusões, ressaltando o surgimento de fatos novos, de contradições, da teoria, das relações e dos efeitos novos verificados, bem como precisando valores numéricos brutos ou derivados, se for o caso.

Há autores que utilizam a combinação das duas modalidades anteriores, isto é, o resumo indicativo e o resumo informativo.

O resumo crítico é redigido por especialistas, com análise interpretativa de um documento. É uma das atividades que pode ser solicitada como exercício no meio acadêmico.

O resumo de textos é uma das modalidades que não está normatizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (1990), mas que, na prática do dia-a-dia, é tarefa muito solicitada pelos professores nos cursos de graduação, podendo ser indicativo, informativo ou crítico.

Na extensão de um resumo recomenda-se:
a) para notas e comunicações breves, os resumos devem ter até cem palavras;
b) para artigos, trabalhos de conclusão de curso, monografias de graduação e de especialização e mestrado, até duzentos e cinqüenta palavras; c) para dissertação de mestrado, relatórios técnico-científicos e teses de doutoramento, até quinhentas palavras; d) para resumos de textos, a extensão fica condicionada à capacidade de síntese do aluno e/ou solicitação dos professores. As palavras-chave, quando empregadas no resumo, devem ter destaque especial. Devem-se evitar: a construção de mais de um parágrafo; a utilização de frases negativas; o uso de símbolos e contrações que não sejam do uso corrente; a exposição de fórmulas, equações, diagramas que não sejam absolutamente necessárias. Geralmente, estes resumos antecedem textos acadêmicos (monografias, trabalhos de conclusão de curso, relatórios, artigos científicos, dissertações de mestrado, teses de doutoramento), redigidos num só bloco, sem entrada de parágrafo.

O estilo das orações deve ser preferencialmente na terceira pessoa do singular e com o verbo na voz ativa.

Os resumos de textos, solicitados nos cursos de graduação, devem contemplar todas as informações sucintamente, mas não há necessidade de reduzi-los a um só parágrafo. O que importa é que as idéias de um determinado texto estejam contempladas de forma sintética.

A localização do resumo deve preceder artigos científicos, monografias, relatórios, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado, teses.

Enfim, os resumos devem apresentar critérios de concisão, clareza, fidelidade ao texto original, flexibilidade, expressão própria, seqüência lógica, utilização de citações entre aspas, com indicação da página, facilitando, dessa forma, a evocação do texto original.

A seguir serão apresentados exemplos de resumo, elaborados na forma de resumo indicativo e de resumo informativo. Estes podem ser apresentados em fichas ou papel A4. O exemplo de resumo que precede monografias

Exemplo de resumo indicativo:

LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p. 136-143.

Estudar significa o ato de enfrentar a realidade. O enfrentamento da realidade pode ocorrer pelo contato direto ou indireto do sujeito que conhece com o objeto que é conhecido. As duas formas de estudar (direta ou indireta), podem ser classificadas como críticas ou a-críticas. O leitor poderá ser sujeito ou objeto, dependendo da postura que assume frente ao texto. O leitor poderá ser sujeito ou objeto da leitura, dependendo da postura que assume frente ao texto.

Exemplo de resumo informativo:

LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p. 136-143.

Estudar significa enfrentar a realidade para compreendê-la e elucidá-la. Este enfrentamento pode ocorrer, de um lado, pelo contato direto do sujeito com o objeto. Isso se dá quando o sujeito opera “com” e “sobre” a realidade. De outro lado, o enfrentamento pode ocorrer pelo contato indireto. Neste caso, o sujeito recebe o conhecimento por intermédio de outra pessoa ou por símbolos orais, mímicos, gráficos, etc. O ato de estudar indiretamente crítico equivale à objetividade na elucidação. O ato de estudar indiretamente será crítico, à medida que descreve a realidade como é, sem magnetização pela comunicação em si. A atitude a-crítica corresponde à abdicação da capacidade de investigar, à alienação e à retenção mnemônica. O leitor que assume uma postura de objeto frente ao texto de leitura é verbalista, ou seja, a aprendizagem não se dá pela compreensão, mas pela reprodução intacta e mnemônica das informações. O leitor sujeito, por outro lado, compreende e não memoriza, avalia o que lê e tem uma atitude constante de questionamento.

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